Era um príncipe. De feições lindas, cabelos negros, camisa branca com mangas longas, dobradas no cotovelo. Charmoso... Convicto nas escolhas, firme nas atitudes. Sereno, culto, sensível.
Era uma moça frágil, insegura. Vê o rapaz e apaixona-se perdidamente, à primeira vista. Ele não se abala; diz-lhe, mansamente, que é preciso se conhecerem; que é preciso deixar o amor acontecer...
Ela, a princípio aflita por conquistá-lo, aos poucos se acalma e percebe que é preciso deixar-se conhecer, aos poucos... Que não é preciso esforço para agrada-lo, bajula-lo; que basta, sim, deixar-se ser. Reconhecer-se princesa.
Moram, os dois, dentro de mim. Sinto esse primeiro encontro, anúncio de um grande e eterno romance – aqui, dentro de mim...
Carta de demissão
Há 7 anos