quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Pequenos (ou grandes) momentos de amor

- Casa comigo?
Me falou isso assim, no meio de uma conversa-chamego, sem nenhuma preparação psicológica prévia.
Eu ri: - Caso!
Mas completei: - Cê tá falando sério?...
- Uai, cê acha que eu tô brincando?
Perguntou meio magoado. Eu fiquei sem resposta.
Se já não estivesse encostada, caía pra trás. Estado de choque. Casar... Casar! Putaqueopariu.
Tá bom, eu sempre tive planos de casar. Mas ah, até então, eram só planos... Era sonho. Agora, ele queria mesmo casar comigo! Casar! Sair da casa de mamãe, morar com ele, constituir família, pra sempre. Pra sempre, entendeu? Não é uma coisa que eu pudesse mudar de idéia amanhã ou mês que vem.
Depois de alguns minutos calados, eu com toda essa barafúrdia de pensamentos rodando na cabeça, ele emendou, parecendo querer me acalmar e ao mesmo tempo mostrar que era sério:
- Claro que num é pra agora, né...
Ah, tá. Num é pra agora. Mas putz! A gente já tinha brincado sobre isso, sobre nosa casa, nossos filhos, daqui uns 3, 4 anos, quem sabe. Casar em setembro, primavera. Putz, mas agora era sério!
- Tipo, você fala, compromisso mesmo, como se a gente estivesse noivando?
Ele balançou a cabeça, dizendo que era. Meu pé atrás, meu medo e meu tipo responsável vieram à tona.
-Ah, meu bem, acho que isso tem que ser pensado com calma, a gente nem se conhece direito... Casamento pra mim é coisa séria, é pra sempre...
-Pra mim também! Eu não estava brincando quando disse que você é a mulher da minha vida! ...

Muitas conversas, muitos pensamentos e três semanas depois, eu perguntei se ele casava comigo. E ele aceitou. Mas pra fazer a coisa direito, disse que a frase era dele, e repetiu:
-Casa comigo?
-Caso!
(É que só então eu digeri a idéia!)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"A maior sabedoria é ter o presente como objeto maior da vida, pois ele é a única realidade, tudo o mais é imaginação."

(Yalom, "A Cura de Schopenhaues", p. 76)