"A vida não é a que a gente viveu, mas a que a gente recorda. E como recorda, para contá-la." (Gabriel García Marquez)
E me é difícil lembrar histórias.. não porque não as tenha, mas talvez porque não as ressalto, e talvez, também, porque não me ressalto?
Vontade de ir lembrando histórias, ressaltá-las, ressaltar-me, fortalecer esse eu que hoje vive e que viveu, não esquecido, não apenas jogado desamparado ou caído de páraquedas, mas construído de pequenas e tantas histórias. O que eu sou, hoje, é construído a partir do que recordo de mim mesma...
Começo relendo algumas poucas histórias que escrevi nesse blog, e curto um tanto... a história, a mim mesma.
Continuo querendo contar algumas histórias.
A primeira que lembrei, hoje, foi a de uma rosa. História que já contei em um outro blog, que perdi... história doce, que me permito recordar, e que passa a ter sido conforme eu me recordo...
Cheguei no trabalho e notei olhares diferentes e interessados na minha direção... sorrisinhos de canto de boca. Uma colega soltou: vai lá, Lorena, alguém deixou uma coisa pra você, na sua mesa...
Na minha mesa, uma rosa. Só uma rosa. Sem laço, sem enfeite, delicada e singela como lhe é própria. Em um bilhetinho, um nome.
- Ele veio aí, você não estava, pediu pra deixar a rosa na sua mesa e se foi, agorinha mesmo...
Uma rosa e um nome, apenas. Conseguiu ser simples, delicado, atencioso e romântico, de uma vez só. Bastou pra deixar a tarde um pouco mais leve e perfumada, para mim e para todas as mulheres ao redor...
Carta de demissão
Há 7 anos
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